Este é um assunto muito delicado! Mas, calma! Não vamos sofrer precipitadamente! Com a pandemia, a forma do leitor comprar seus livros mudou, na verdade, o jeito que estamos comprando mudou! Até os mais resistentes se renderam as compras online!

Se analisarmos os números, vemos que a venda de livros no Brasil só aumenta! Mas por que temos duas grandes redes de livrarias passando por um processo delicado de recuperação judicial com dívidas astronômicas? 

Simples, o comportamento de compra mudou! Quem já comprava pela internet apenas intensificou, e os mais tradicionais se renderam (por necessidade) a essa “modernidade” e muitos gostaram! 

Com isso, os grandes varejistas do universo online estão rindo a toa! Amazon, Magalu, Submarino e outros se tornaram sites frequentes para leitores ávidos por novos livros! 

Como falamos no artigo “Como é calculado o preço do livro”, aproximadamente 45% do valor da venda fica com a loja, porém, a maior porcentagem deste “lucro”, é direcionado para o pagamento do aluguel, energia, funcionários…

Enquanto isso, as empresas citadas acima, não possuem despesas na mesma proporção de uma rede de lojas de shopping, por exemplo!

Não é possível afirmar que as livrarias irão fechar, até por que estamos falando de uma cultura estabelecida! Saborear aquele tradicional cafezinho da StarBucks dentro de uma Saraiva enquanto se folheia um livro, quem nunca fez isso!? Isso não pode acabar, né!? Mas precisamos entender que, a livraria é uma empresa, um negócio! Se não vende, não tem lucro e, com isso, fica inviável manter as portas abertas! 

Vejo diversas empresas lutando bravamente para que as lojas sejam mantidas, novas lojas surgindo com muita força e profissionalismo, como a rede Leitura, a Livraria da Vila e a Livraria Curitiba. Espero, com fé, que tenhamos nosso mercado editorial fortalecido pelas livrarias e que possamos sempre sentir o cheiro dos livros nas lojas!